segunda-feira, 10 de abril de 2017

UBUNTU "COMPARTILHANDO COM A ÁFRICA"

Ubuntu: “eu sou porque nós somos”






Em março de 2013 foi lançado um projeto dos JOVENS POR UM MUNDO UNIDO - “Compartilhando com a África” - para descobrir a dádiva que este continente representa para o mundo inteiro.


Os Jovens por um Mundo Unido lançaram o projeto “Compartilhando com a África”, que deseja contribuir para que seja conhecido o valor que esse continente, com as suas especificidades e tradições significa para o mundo inteiro.
Ainda em dezembro de 2011, cerca de 200 jovens provenientes de vários países africanos reuniram-se com o objetivo de aprofundar o conhecimento de um projeto de fraternidade realizada, que continua desde os anos 1960, em Fontem, nos Camarões, e ver como dar a própria contribuição à fraternidade universal. Desde aquele momento surgiu “Compartilhando com a África”, que quer ajudar na formação de uma cultura nova, aberta à construção de um mundo unido, promovendo os valores que edificaram e formaram a sociedade do continente africano.
O projeto deseja ser um espaço de comunhão entre os jovens, não apenas desse continente, mas do mundo inteiro, e favorecer o intercâmbio de culturas, talentos, experiências de vida e desafios, acompanhado por ações concretas.
O primeiro passo prevê a participação na Escola de Inculturação, no próximo mês de maio, em Nairobi, Quênia, que terá como tema “A pessoa – Ubuntu – Eu sou porque nós somos”.
O “Ubuntu” é uma visão unificante do mundo, expressa por meio do provérbio zulu “Umuntu Ngumuntu Ngabantu” (“Uma pessoa é pessoa por intermédio das outras pessoas”). Este conceito é uma concepção da vida que encontra-se na base das sociedades africanas, e que contem em si o respeito, a partilha, a confiança, o altruísmo e a colaboração. Conceitua o homem enquanto “comunhão”, define a pessoa em analogia às suas relações com os outros. Uma pessoa com Ubuntu é aberta, disponível aos outros, solidária, sabe que é parte de um todo maior. Quando fala-se de Ubuntu entende-se um sentido mais forte de unidade nas relações sociais, para ser disponíveis a encontrar as diferenças presentes na humanidade do outro e enriquecer a nossa: “eu sou porque nós somos”.
O projeto “Compartilhando com a África” prevê que os participantes da Escola de Inculturação, além de aprofundar o UBUNTU, tenham a possibilidade de desenvolver diversas atividades sociais juntamente aos JMU do Quênia: conhecer e interagir com a tribo Samburu, mas também trabalhar pelas crianças de uma favela de Nairobi e pelos frequentadores de um “centro de alimentação”, sempre na periferia dessa imensa cidade.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

MURO HUMANO DE MEXICANOS

CIUDAD JUÁREZ, MÉXICO - Com os braços abertos e armados de flores, milhares de mexicanos formaram nesta sexta-feira, 17, um "muro humano" na fronteira com os Estados Unidos. O protesto foi contra o projeto do presidente Donald Trump de construir ali uma grande barreira para impedir a entrada de imigrantes ilegais.
A manifestação, convocada por autoridades locais e associações civis mexicanas, reuniu políticos, líderes sociais e, sobretudo, uma multidão de estudantes em Ciudad Juárez, separada atualmente por um barreira da vizinha americana El Paso.
"Aqui está teu muro, 'trompetas'", gritava o estudante Cristián Ramírez, de 15 anos, que assim como muitos de seus companheiros portava uma flor.
Sob o olhar atento da patrulha de fronteira americana, os manifestantes, entre os quais o prefeito de El Paso, Oscar Leeser, formaram uma barreira humana de quase 1,5 quilômetro entrelaçando seus braços.
"Ciudad Juárez e El Paso são uma só cidade, não estaremos separadas nunca", disse Leeser, que nasceu do lado mexicano da fronteira e reivindica suas raízes.
"O muro é uma das piores ideias, isso não vai deter nada, nem drogas nem imigrantes, é somente um símbolo do ódio de Donald Trump, do racismo do presidente", disse a estudante de Ciências Sociais Ana Carolina Solís, de 31 anos.
Ao cair da tarde de sexta, a cerca de 1.200 quilômetros de distância, já no litoral do Pacífico, cerca de 50 manifestantes se reuniram em ponto fronteiriço entre a cidade mexicana Tijuana e a americana San Diego para também expressar seu repúdio ao muro.
"É uma mensagem de paz, na qual devemos enviar nossa solidariedade a quem vive sob influência da política de Donald Trump", afirmou a presidente da fundação Monumento Nacional dos Imigrantes, Laura Díaz, que tem dupla nacionalidade. / AFP

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017